quinta-feira, 15 de julho de 2010

15º Cap. Certainty

Quando eu acordei percebi que o Felipe já havia levantado e ido dar sua corrida na praia. Eu sempre fui muito preguiçoso pra isso. Aproveitei esse momento, para pensar nas coisas que estavam acontecendo na minha vida, era tudo tão rápido, eu praticamente “virei” homossexual do dia pra noite, não, eu não “virei”, ninguém “vira” homossexual. Lembrei das histórias que Maria, uma senhora que trabalhou para nós durante alguns anos, os contos de fadas, as princesas e seus príncipes, mas e se acontecesse o contrário?
Um príncipe se apaixonasse por outro príncipe, ou uma princesa se apaixonasse por outra princesa. Certamente a história seria muito mais emocionante.
Quando dei por mim, estava com cara de bobo olhando pro teto do quarto. Me sentei na cama e olhei em volta.
Aquele ar litorâneo me fazia tão bem, a janela aberta com o sol invadindo uma parte do quarto, um grande guarda-roupas que ocupava uma parede inteira. Uma televisão de plasma toda em Black piano, uma pequena mesinha perto da janela feita de madeira, mas parecia de raízes, era muito simples, mas ao mesmo tempo glamorosa, as cadeiras eram do mesmo material, tudo muito limpo, tudo com cara de novo.
Me levantei, estava apenas com uma calça de moletom, sem camiseta.
Caminhei até a janela, e dei uma boa respirada naquele aroma incrível da serra. Minha barriga começara a roncar. Olhei para o relógio, e vi que ainda dava tempo de pegar o café da manhã. Corri para o chuveiro, tomei um banho morno, nunca tomo banho muito frio nem muito quente.
Abri a porta do quarto, quando eu coloquei o pé pra fora, eu esqueci de deixar um bilhete para o Felipe. Se ele chega no quarto e não encontra nem Yan nem bilhete, ele já entra em desespero .

Amor, fui tomar café da manhã, se chegar a tempo, desce para comer comigo.
Te amo Yan

Atravessei o portal aberto e fechei a porta, caminhei até o elevador, quando de trás de mim, bem perto da minha nuca ouço uma voz extremamente excitante:

_Olha olha, que sorte a minha descer bem agora.

Me arrepiou o corpo inteiro, quando eu fui ver, estava excitado. Olhei para trás era o Júlio.

_Ah...oi Julio
_Blz guri? Onde você vai a uma hora dessas? Cadê seu namoradinho esquentadinho?
_Ele foi correr, e eu to indo tomar café da manhã.
_É uma pena mesmo, eu não poder acompanhar você no café da manhã, tenho alguns assuntos a resolver.
[UFA!]
_Mas eu posso descer com você no elevador.

Respirei fundo e entrei no elevador com ele. Por acaso, só tínhamos nós dois no elevador.
O elevador começou a descer, depois de dois andares, o Julio caminhou tranquilamente até o painel dos números e apertou um botão que fez o elevador parar. Meu coração parou junto com o elevador, e meu membro ficou mais rígido.
Ele caminhou até mim e disse encostando o seu corpo no meu.

_Você me da tanto tesão, que eu seria capaz de arrancar sua roupa aqui mesmo.

Eu fiquei paralisado, a mão dele entrou na minha camiseta e desceu. Ele percebeu que eu estava excitado.
_Eu sabia que eu te dava tesão. Deixa esse seu namoradinho, vamos comigo pro meu quarto...

Ele começou a beijar meu pescoço, e as mãos dele a deslizar para traz, eu tentei segurar, quando eu estava quase cedendo o elevador começa a descer de novo.
Voltei a mim e empurrei o Julio.

_Você esta certo Julio, você me da tesão, mas eu amo meu namorado.

Ele deu aquele sorriso safado de canto de boca e disse descaradamente

_Blz Yan, mais cedo ou mais tarde, eu sei que pego você.

Quando o elevador parou a porta no 5º andar, ele saiu do elevador, que fechou a porta e desceu.
Eu estava com tanta fome, mas tão confuso pelo que tinha acontecido.
Quando eu cheguei no restaurante do hotel, sentei em uma mesa de dois lugares, logo veio o garçom, pedi pra ele um croissant e um suco de uva com leite.
Enquanto esperava o meu café da manhã, o Felipe apareceu, pingando de suor.

_E ai amor?
[Ofegante]
_Oi Fe..
_Ta tudo bem?
_Não...tá sim, leu meu bilhete?
_Sim, vim aqui fazer companhia pro meu namorado

Foi quando ele se sentou e disse baixinho

_O que você acha de comermos e depois subir e tomar um banho juntinhos? Não sabe no tesão que eu to, quase te acordei hoje.

Desde sempre até sempre que eu conheço o Felipe eu corei com essas coisas que ele dizia, não foi diferente.

_Pode ser amor
_Aconteceu alguma coisa que você não quer me dizer Yan, o que foi?

Pensei duas vezes antes de contar a verdade, e acabei mentindo.

_É fome mew, esse croissant que não chega nunca.
_HAHAHAHAHAH você é magro de ruim né mlk?

O garçom chegou com o meu pedido, logo o Felipe fez o dele, pediu umas frutas, um suco de manga e um lanche natural.
Comemos e rimos bastante das besteras que ele dizia. Comecei a devanear novamente, pensei em como eu amava aquele cara, como eu amava as besteiras que ele dizia, a super proteção dele, o ciúmes, o tesão, as palavras bonitas que ele me dizia, o jeito como me tocava. Logo esqueci que Julio existia, e esqueci do episódio do elevador.
Depois de comer, subimos e fomos pro banho. Ele estava com um fogo tão grande que quase me ergueu na parede do banheiro. Nos beijamos até tirar a roupa toda e entrar no chuveiro, ele beijou meu corpo inteiro, desceu e ao mesmo tempo que usava sua boca para me acariciar usava seus dedos para  me penetrar, depois de um tempo, levantou e me virou de costas. Naquele momento eu me lembrei como ele me completava, e como era bom estar com ele. Depois de uma transa de baixo do chuveiro, ele se trocou e ficamos deitados na cama durante um tempinho

_Fe, eu te amo tanto, que eu enfrentaria tudo e todos pra ficar com você
_É tão bom ouvir isso Yan. Te amo de mais meu menino lindo.

Ficamos deitados na cama, eu no peito dele e ele me abraçando durante quase uma hora. E eu só conseguia pensar em como seria a volta pra casa.